ARPEJOS
Derivada do italiano arpeggio, a palavra arpejo significa “ao modo da harpa”. Em termos musicais, o termo designa a técnica em que as notas formadoras de um acorde são executadas de forma sucessiva, como em um dedilhado.
O assunto é mais costumeiramente associado à guitarra, em razão da popularidade do sweep picking – recurso que consiste na execução de um arpejo com palhetadas contínuas, em direção ascendente e descendente, proporcionando um efeito de grande velocidade – entre os adeptos das seis cordas, especialmente em estilos como heavy metal e hard rock. Entretanto, tem fundamental importância para qualquer instrumento: funciona como um poderoso artifício não apenas para o processo de composição, mas também para o estudo e o reconhecimento dos intervalos dos acordes, auxiliando o músico a aperfeiçoar sua percepção e capacidade de improviso. No contrabaixo, sua aplicação prática é mais freqüente na interpretação de frases e convenções. Os arpejos são, basicamente, compostos por tríadesou tétrades.
Arpejos para baixo: Tríades
As tríades são acordes constituídos de três sons diferentes, relativos à Tônica, 3ª e 5ª da escala. Representam as formações mais simples encontradas nos estudos de harmonia. Por meio das diferentes classificações de seus graus, obtêm- se seus quatro tipos: maior, menor, diminuta e aumentada (neste caso, não são consideradas as variações compostas por T, 3, 5b e T, 3b, 5#). Há um aspecto a ser ressaltado: ainda que suas notas sejam dispostas de maneiras diferentes, uma tríade continua sendo reconhecida como tal. Todos os exemplos contêm digitações para baixos de quatro,cinco e seis cordas. O tom utilizado é de Sol maior.
Maior
Arpejos para baixo: Tríade Maior para baixos de 4 cordas
Arpejos para baixo: Tríade Maior para baixos de 5 cordas
Arpejos para baixo: Tríade Maior para baixos de 6 cordas
Os arpejos para baixo compostos por tríades maiores são formados pelos intervalos de Tônica, 3ª maior e 5ª justa. Sua aplicação mais coerente é feita sobre acordes maiores, que contêm os mesmos graus de tons iguais. Quando a nota executada inicialmente é a 3ª, em vez da Tônica, tem-se o que chamamos de primeira inversão; no caso da 5ª, é a segunda inversão.
Menor
Arpejos para baixo: Tríade Menor para baixos de 4 cordas
Arpejos para baixo: Tríade Menor para baixos de 5 cordas
Arpejos para baixo: Tríade Menor para baixos de 6 cordas
Os arpejos de tríades maiores são diferentes dos menores apenas no terceiro grau: no primeiro tipo, é maior; no segundo, menor. E sempre utilizado sobre acordes menores para não haver risco de choque de terças com uma harmonia maior. Aqui, as inversões também ocorrem, mas não são tão convencionais.
Diminuta
Este formato de arpejo pode ser empregado apenas em acordes diminutos. Neste caso, as inversões são muito úteis, pois soam muito bem e fornecem excelentes opções em situações de improviso.
Arpejos para baixo: Tríade Diminuta para baixos de 4 cordas
Arpejos para baixo: Tríade Diminuta para baixos de 5 cordas
Arpejos para baixo: Tríade Diminuta para baixos de 6 cordas
Aumentada
Do mesmo modo que a diminuta, a tríade aumentada também possui aplicação bem restrita. Os acordes que podem ser associados a ela são formados por Tõnica, 3ª maior e 5ª aumentada, formando um intervalo de dois tons entre seus graus. As inversões podem ser usadas dependendo da intenção e da função harmônica. É preciso frisar que, em tríades, existem somente quatro tonalidades de acordes aumentados (exemplos: C5+, C#5+, D5+ e D#5+), sendo que as outras são inversões. Neste tipo de tríade, a referência é o terceiro modo do campo menor harmônico (jônio 5#).
Arpejos para baixo: Tríade Aumentada para baixos de 4 cordas
Arpejos para baixo: Tríade Aumentada para baixos de 5 cordas
Arpejos para baixo: Tríade Aumentada para baixos de 6 cordas
Com isso, concluimos a primeira parte da série de posts sobre Arpejos para baixo, sendo este artigo focado em arpejos para baixo compostos por tríades.
FONTES - PORTA MUSICA