Como a Música é Percebida no Cérebro Humano
Provavelmente o desenvolvimento mais importante na investigação científica
sobre a música foi a descoberta de que a música é percebida através da parte do
cérebro que recebe os estímulos das emoções, sensações e sentimentos, sem antes
ser submetida aos centros cerebrais envolvidos com a razão e a inteligência.
Schullian e Schoen explicam este fenômeno: "Música, que não depende das
funções superiores do cérebro para franquear entrada ao organismo, ainda pode
excitar por meio do tálamo – o posto de intercomunicação de todas as emoções,
sensações e sentimentos. Uma vez que um estímulo foi capaz de alcançar o
tálamo, o cérebro superior é automaticamente invadido, e, se o estímulo
é mantido por algum tempo, um contato íntimo entre o cérebro superior e o mundo
da realidade pode ser desta forma estabelecido." 1
Tempo e espaço
não permitem uma abordagem completa da percepção musical. É suficiente dizer
que estudos nos últimos cinqüenta anos tem trazido à luz algumas descobertas
bastante significativas, que podem ser resumidas como se segue:
- A música é percebida e desfrutada sem necessariamente ser interpretada pelos centros superiores do cérebro que envolvem a razão e o julgamento.
- A resposta à música é mensurável, mesmo quando o ouvinte não está dando uma atenção consciente a ela.
- Há evidencias de que a música pode levar a mudanças de estados de espírito pela alteração da química corporal e do equilíbrio dos eletrólitos.
- Rebaixando o nível de percepção sensorial, a música amplifica as respostas às cores, toque e outras percepções sensoriais.
- Tem sido demonstrado que os efeitos da música alteram a energia muscular e promovem ou inibem o movimento corporal.
- Música rítmica altamente repetitiva tem um efeito hipnótico.
- O sentido da audição tem um efeito maior sobre o sistema nervoso autônomo do que qualquer outro sentido. 2
Estas
descobertas sugerem que Satanás é capaz de, através da música, desferir um
ataque furtivo sobre qualquer pessoa que se disponha a ser indulgente com o
tipo “errado” de música.
Pode-se concluir
que a música por si mesma, e não apenas o texto, é uma questão chave na
aceitação de música para a adoração. É por isto que uma palavra de advertência
deve ser dada a todos os grupos que estão experimentando com novas músicas para
a igreja e novos estilos de adoração. Mesmo um texto biblicamente sólido,
quando conjugado com um veículo musical apropriado, torna-se uma “Babilônia”
teológica, uma mistura do bem com o mal – verdade e erro. Referindo-se à queda
do homem Ellen White diz: "Por misturar o mal com o bem, sua mente se
tornou confusa, e entorpecidas suas faculdades mentais e espirituais. Não mais
poderia apreciar o bem que Deus tão livremente havia concedido." 3
O profeta
Ezequiel também adverte sobre os perigos de se misturar o sagrado com o
profano: “Os seus sacerdotes violentam a minha lei, e profanam as minhas coisas
santas; não fazem diferença entre o santo e o profano, nem ensinam a discernir
entre o impuro e o puro; e de meus sábados escondem os seus olhos, e assim sou
profanado no meio deles.... dizendo: Assim diz o Senhor Deus; sem que o Senhor
tivesse falado.” (Ezequiel 22:26,28)
Misturar a
verdade de Deus com as coisas do mundo é um negócio arriscado!
FONTES - Cifras Club